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Rogério Ceni e a Realidade do Bahia: Desempenho, Fadiga e o Sonho da Libertadores
Por Redação FutBahia em 21/09/2025 00:42
Após o recente empate em 1 a 1 com o Ceará, em confronto válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, a performance do Esquadrão de Aço volta a ser pauta. No entanto, as declarações do técnico Rogério Ceni transcendem o resultado imediato, apontando para uma avaliação mais ampla sobre a trajetória do Bahia na competição nacional. Suas palavras indicam uma perspectiva que mescla otimismo com a dura realidade de um calendário exaustivo.
Ceni, conhecido por sua franqueza, ofereceu um panorama sobre o desempenho geral da equipe, que atualmente figura na sexta colocação do Brasileirão, com 37 pontos em 22 jogos. Ele ponderou sobre o caminho percorrido até aqui, traçando metas ambiciosas para o futuro próximo do clube.
"Eu acho que como um todo, ainda é uma campanha relativamente boa e que a gente espera poder acabar brigando pelas, eu acho que pelos três primeiros fica difícil brigar, mas que a gente espera estar brigando ali entre as seis primeiras posições, porque a gente tem como objetivo também jogar uma Copa Libertadores no ano que vem, é o que a gente espera minimamente conseguir"
A meta de alcançar a Copa Libertadores, explicitada pelo comandante, ressoa com a ambição da torcida tricolor. Contudo, a distância para o G-3, conforme o próprio treinador sinaliza, impõe um desafio considerável, exigindo consistência e superação nas rodadas restantes.
A Ambição Continental: Bahia no Top-6 e o Desejo da Libertadores
Apesar da projeção otimista para a classificação final, a análise de Ceni se aprofundou em um ponto crítico que tem se manifestado em diversas partidas do Bahia : a queda de rendimento nos momentos decisivos dos jogos, como observado no empate recente contra o Ceará no Castelão.
O técnico refutou a ideia de acomodação, atribuindo a diminuição da intensidade a um fator físico inegável. A sequência de jogos e o desgaste acumulado pelos atletas se tornam um peso considerável, especialmente quando confrontados com adversários que conseguem injetar nova energia.
"Não é comodismo, muitas vezes é cansaço mesmo. O Santi vem jogando há quantos jogos de maneira ininterrupta? O David se lesionou, o Gabriel está voltando agora. Árias, ora Gilberto joga. Juba tem jogado a maioria dos jogos, quase 90% dos jogos pela lateral, ora construindo? Mas chega um momento nos últimos minutos que é cansativo.."
O Enigma do Final de Jogo: Fadiga ou Falta de Alternativas?
Ceni ilustrou a dificuldade ao citar exemplos de equipes que possuem maior profundidade no elenco para realizar substituições que mantêm o ritmo ou até o elevam. A capacidade de adversários como Cruzeiro e Fluminense de introduzir jogadores velozes e descansados nos minutos finais é um diferencial evidente.
"O Cruzeiro tinha três trocas de velocidade na frente. Entrou o Gabigol, Arroyo e Sinisterra que fez o gol. Então assim, os times quando dão energia nova e velocidade à frente, os nossos jogadores também vão cansando. Então é normal que times grandes como o Cruzeiro, Fluminense, que no final pressionou, sejam mais difíceis. Desses jogos nós tivemos alguns erros individuais que não é o normal nosso"
A menção a "erros individuais" aponta para uma camada adicional de complexidade. Embora o cansaço seja um fator mitigador, a responsabilidade individual persiste, e a recorrência desses equívocos pode custar pontos preciosos na corrida por uma vaga na Libertadores. O desafio, portanto, reside em gerenciar o desgaste físico sem comprometer a concentração e a execução técnica em momentos cruciais, uma equação que Rogério Ceni precisa resolver para consolidar o Bahia entre os grandes do cenário nacional.
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