Rigoni: Jogo contra o Bahia é Decisivo para Renovação no São Paulo – Entenda a Cláusula

A permanência de Emiliano Rigoni no São Paulo para além de 2025 pende de um fio, e o duelo deste sábado contra o Bahia, no Morumbis, surge como um divisor de águas crucial. O atacante argentino, cujo vínculo atual se estende até o final da próxima temporada, enfrenta uma situação contratual complexa que pode ser definida já nesta rodada do Campeonato Brasileiro.

O clube tricolor firmou com Rigoni uma condição de renovação automática por mais um ano, condicionada à sua participação em pelo menos 12 partidas na temporada, com um mínimo de 45 minutos em cada uma. Atualmente, o jogador de 32 anos contabiliza apenas três jogos que cumprem essa exigência. Com nove rodadas restantes na única competição do calendário são-paulino, o tempo é um fator determinante para o cumprimento dessa meta.

O Contrato de Rigoni: Uma Cláusula Decisiva

O confronto diante do Bahia não é apenas mais uma partida; ele representa a última oportunidade para o atacante cumprir a meta estabelecida e assegurar sua continuidade. Caso Rigoni não seja escalado ou atue por um período inferior aos 45 minutos regulamentares, a cláusula de renovação automática se tornará inviável.

Embora o clube mantenha a prerrogativa de oferecer uma extensão contratual por iniciativa própria ao término do ano, a perspectiva de Rigoni permanecer no elenco do São Paulo sob essas condições atuais é considerada bastante remota. A decisão deste sábado, portanto, não apenas afeta o desempenho imediato da equipe, mas também o planejamento de longo prazo do departamento de futebol.

Desempenho em Campo: Números e Expectativas Frustradas

A análise do desempenho de Rigoni desde seu retorno ao Tricolor Paulista revela um cenário de pouca produtividade. Em sete aparições, o jogador ainda não balançou as redes, registrando apenas uma assistência ? no gol de Tapia contra o Fortaleza, partida na qual foi precocemente expulso após uma entrada em Deyverson. Sua presença como titular foi limitada a três jogos: um contra o Santos e os dois embates decisivos contra a LDU, válidos pelas quartas de final da Conmebol Libertadores.

As atuações contra o time equatoriano, em particular, pesaram significativamente na avaliação do atacante. No Morumbis, apesar de ter acertado a trave em sua melhor oportunidade na segunda passagem pelo clube, Rigoni, escalado como ala pela direita, não conseguiu impactar o jogo de forma positiva. Aquele lance, somado às chances perdidas por Luciano, poderia ter alterado o desfecho da jornada do São Paulo na competição continental.

A ineficiência nas finalizações não é um problema recente para Rigoni, que chegou ao São Paulo no último dia da janela de transferências, vindo do León, México, onde havia marcado apenas um gol em 18 jogos. Essa estatística prévia já indicava um desafio na recuperação de sua forma goleadora.

A Chegada de Rigoni: Contexto e a Visão do Treinador

Apesar do histórico recente de baixa produtividade ofensiva, Rigoni era um nome bem visto pela diretoria são-paulina, que admitiu publicamente ter tentado sua contratação em janeiro. Sua chegada ao clube no meio do ano ocorreu com o aval do técnico Hernán Crespo, com quem já havia trabalhado em 2021.

Questionado há um mês sobre o grau de sua influência na aquisição do jogador, Crespo se esquivou de assumir o crédito direto pela operação, afirmando:

"Nada. Quem fez tudo foi a diretoria, o mercado foi todo da diretoria. A gente aceita, eu já falei, sou o piloto de Fórmula 1. Tento dirigir o mais forte e mais veloz possível."

Essa declaração sublinha a natureza da contratação como uma iniciativa do departamento de futebol, com o treinador assumindo a responsabilidade de extrair o máximo dos recursos disponíveis. Agora, o cenário contratual de Rigoni adiciona uma camada de complexidade ao planejamento do São Paulo para as próximas temporadas, tornando a partida contra o Bahia um marco decisivo em sua trajetória no clube.