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Ceni Revela Clima Tenso Pós-Eliminação: Bahia Nulo na Copa do Brasil
Por Redação FutBahia em 11/09/2025 09:12
A eliminação do Esquadrão de Aço da Copa do Brasil, após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense no Maracanã, na última quarta-feira, deixou marcas profundas. O técnico Rogério Ceni, em sua análise pós-jogo, não hesitou em expor a gravidade da situação, revelando um ambiente pesado e uma perplexidade diante da performance de sua equipe.
A franqueza do comandante tricolor ficou evidente ao descrever o estado de espírito no vestiário. "Uma bosta, uma merda o clima do vestiário. Não falei nada com ninguém, ainda não me reuni com os jogadores", desabafou Ceni, um indicativo claro do nível de frustração e descontentamento que tomou conta do grupo após o revés decisivo.
A insatisfação de Ceni não se limitou ao clima interno, mas se estendeu à performance em campo. O treinador afirmou não conseguir encontrar uma justificativa para a postura apática do time. "Com troca ou sem troca, não jogamos absolutamente nada. Não conseguimos ter o controle de jogo, tivemos pouca coragem para jogar o futebol que é de nosso costume. Até nos defendemos bem em linha baixa quando não tínhamos a bola. Mas com a bola fomos completamente nulos, não conseguimos jogar de trás, tabelar na frente. Não tem nem o que reclamar, reivindicar alguma coisa. Não colocamos em prática nada do que treinamos na semana e propusemos para esse jogo", lamentou o técnico.
A Indignação de Ceni: O Desempenho Inexplicável do Bahia
A falta de explicação para a queda de rendimento foi um ponto central na coletiva. Ceni destacou o esforço nos treinamentos e a preparação tática, que não se traduziram em campo. "Não consigo explicar. Trabalhamos durante toda a semana as possibilidades, construção e saída de jogo. Tem o mérito do Fluminense não ter nos deixado a gente trocar tanto a bola. Mas procuramos muito pouco o jogo. Me sinto mal não por perder, alguém tem que passar e alguém tem que ficar, mas não produzimos nada. Lutamos pouco, não tivemos nem competitividade que é o mínimo que se espera em uma competição de mata-mata", pontuou o treinador, evidenciando a ausência de elementos básicos para uma partida eliminatória.
A eliminação atual resgata memórias recentes. O Tricolor de Aço, pelo segundo ano consecutivo, é superado por um adversário carioca na Copa do Brasil, tendo sido eliminado pelo Flamengo em 2024. Ceni, contudo, fez uma distinção importante entre os confrontos. "Não tenho como explicar o porquê de uma mudança tão drástica dentro de campo. Não é isso que a gente prega, não é o que gostaríamos de ver aqui. Repito: você pode ganhar ou perder, faz parte. Esse time do Fluminense era bem mais possível do que o Flamengo do ano passado", enfatizou, sugerindo que a oportunidade perdida contra o Fluminense era mais palpável.

A Recorrência de Falhas Fora de Casa e a Busca por Personalidade
A diferença de desempenho entre jogos em casa e fora de Salvador também foi abordada. O Bahia havia vencido o jogo de ida na Arena Fonte Nova por 1 a 0, um cenário que, segundo Ceni, reflete uma maior solidez da equipe em seus domínios. Contudo, a necessidade de transpor essa performance para duelos longe de casa é crucial em competições eliminatórias.
O técnico identificou o que, em sua visão, falta ao elenco em momentos decisivos. "Talvez precisamos de mais personalidade. Ganhar mais peso de jogos decisivos, principalmente em campeonatos de mata-mata e especialmente nos jogos fora de casa, já quem em casa sempre entregamos bons jogos. Fora de casa, hora ou outra, não conseguimos jogar e muitas vezes, como foi o caso de hoje, nem competir", concluiu Ceni, apontando para a necessidade de maturidade e um espírito mais combativo em confrontos de alto risco fora de seus domínios.
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