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Ceni Desvenda: Bahia no 'Campo Neutro' e o Impacto da Fadiga em Derrota Crucial
Por Redação FutBahia em 02/10/2025 10:51
O Esporte Clube Bahia sofreu um revés por 2 a 1 diante do Botafogo, no Estádio Nilton Santos, em partida válida pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. A derrota, ocorrida em solo carioca, provocou uma análise contundente do técnico Rogério Ceni, que não hesitou em questionar a performance de sua equipe, especialmente em um contexto que ele próprio classificou como de "torcida neutra".
Ceni expressou sua perplexidade diante do comportamento da equipe. Para o treinador, a atmosfera no Nilton Santos, com uma presença de público reduzida, deveria ter minimizado a pressão externa, permitindo ao Bahia um desempenho mais consistente. No entanto, o que se viu em campo foi uma performance aquém do esperado, gerando um questionamento fundamental sobre a mentalidade dos jogadores em situações menos adversas.
A Incompreensão do Comportamento em Campo Neutro
A percepção de um ambiente com pouca torcida, que para o técnico seria um facilitador, transformou-se em um dilema. A expectativa de que o time pudesse reproduzir atuações sólidas, como as vistas em outras vitórias fora de casa, não se concretizou, e essa disparidade de comportamento é o cerne da reflexão do comandante tricolor.
"Acredito que deva ter muita gente no Brasileirão que também venceu três partidas fora de casa. Porém, não consigo te explicar racionalmente o porquê de o comportamental do time ter sido tão diferente em um jogo que era, praticamente, em um campo neutro. Porque não tinha, sei lá, não sei qual foi o público, mas oito mil pessoas, né? Pouco público. Aqui é um estádio bom, que oferece boas condições de jogo"
Apesar da surpresa com a atitude mental, o comandante tricolor também apontou para um fator físico como determinante para o desempenho abaixo do esperado. A desgastante vitória anterior contra o Palmeiras, que exigiu um esforço sobre-humano dos atletas, teria deixado sequelas que se manifestaram no confronto contra o Botafogo.

O Preço da Batalha Anterior: Desgaste Físico e Trocas Táticas
A necessidade de competir em alto nível contra o Palmeiras, um adversário de grande porte, demandou um dispêndio energético que impactou diretamente a capacidade de recuperação do elenco. Isso resultou em uma performance física aquém do ideal na partida subsequente, impossibilitando que o Bahia mantivesse a mesma intensidade.
"Para competir de igual para igual com o Palmeiras, há um desgaste físico muito grande. Nós fizemos três trocas em função disso. O Gilberto não estava muito bem e entrou o Arias. Depois, naturalmente, o Rezende entrou pela saída do Nico. Por fim, o Jean Lucas voltando da suspensão. E mesmo assim, na parte física, nós não conseguimos igualar o jogo com o Botafogo da mesma maneira que nós fizemos com o Palmeiras"
A análise de Rogério Ceni revela um Bahia que ainda busca a consistência necessária para os desafios do Campeonato Brasileiro. O dilema entre a postura mental em jogos de menor pressão e o impacto do desgaste físico se apresenta como um ponto crucial a ser trabalhado pela comissão técnica para as próximas rodadas, visando uma recuperação que não dependa apenas do ambiente externo, mas sim da resiliência interna do elenco .
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