Bahia renova com 19 jogadoras do time feminino para 2026

O planejamento do Esporte Clube Bahia para o futebol feminino em 2026 já está em curso e pautado pela estabilidade. Após uma temporada de 2025 que elevou o patamar das Mulheres de Aço no cenário brasileiro, a diretoria da SAF optou por blindar o elenco, assegurando a permanência de 19 atletas. A estratégia visa consolidar os avanços técnicos obtidos após um ano de recordes e conquistas expressivas.

Os números da última temporada justificam o investimento na continuidade. O Bahia demonstrou um desempenho dominante, especialmente no setor ofensivo, terminando o ciclo com estatísticas que impressionam tanto pela eficiência quanto pela solidez defensiva. Abaixo, os dados consolidados da campanha de 2025:

Aposta na manutenção após recordes históricos

A decisão de manter quase duas dezenas de jogadoras reflete o entendimento da gestão de que o entrosamento foi o diferencial para o sucesso recente. Em 2025, o Esquadrão não apenas faturou o hexacampeonato estadual, mas também rompeu barreiras nacionais ao atingir as quartas de final da Série A1 e a semifinal da Copa do Brasil. Internamente, a avaliação é que a evolução competitiva depende diretamente da preservação desses pilares.

No sistema defensivo, o Bahia garantiu a liderança de figuras históricas. A zagueira Aila, que superou a marca de 100 partidas pelo clube, e a lateral Mila Santos, com 107 jogos e 12 gols, são os símbolos dessa longevidade. O setor ainda contará com a experiência de Dan, que soma 94 atuações, e a permanência de nomes como Tchula, Carol Martins, Nalon e Isa Fernandes, esta última integrada ao grupo no segundo semestre do último ano.

Sob as traves, a hierarquia está mantida. Yanne, com vínculo estendido até 2027 e recordista de jogos na temporada (47 partidas), segue como peça central. Ao seu lado, Isa Cruz, que demonstrou segurança nos oito jogos em que foi acionada, também teve seu contrato renovado para o próximo ciclo de 2026.

Meio-campo e ataque: a força ofensiva garantida

O setor de criação e finalização, responsável por uma média superior a três gols por partida em 2025, permanece praticamente intacto. Angela, peça fundamental e figurinha carimbada na seleção do Uruguai, lidera o meio-campo ao lado de Suelen e Vilma, ambas com 77 jogos acumulados pelo clube. Ju Oliveira, que ganhou protagonismo ao longo do último ano, também integra a lista de renovações.

Mesmo as atletas que enfrentam processos de recuperação física foram contempladas no planejamento. Helô e Treyci seguem nos planos da comissão técnica para 2026, assim como a atacante Ellen. Esta última, que divide o posto de maior artilheira da história das Mulheres de Aço com 50 gols, trata uma lesão ligamentar no joelho e terá o suporte do clube para retornar aos gramados.

O poder de fogo tricolor será reforçado pela permanência de Gica, artilheira implacável do Baiano com 16 gols, e Wendy, herói da final estadual e presença constante na seleção uruguaia. Cassia, que fechou o ano com 14 gols em 31 exibições, completa o quarteto ofensivo que promete manter o Bahia como um dos ataques mais temidos do país.

Ciclos encerrados: as baixas no elenco tricolor

Apesar da base mantida, o processo de reformulação pontual resultou na saída de dez profissionais. O clube oficializou as despedidas de Nágila, Thais Prado, Índia, Barbosa, Kaiuska, Luana, Mari Pires, Rhaizza, Ary e Juliana. Em comunicado, a instituição ressaltou o agradecimento pelos serviços prestados, tratando o movimento como natural dentro da dinâmica de mercado e do aprimoramento do projeto esportivo.

Com a definição das saídas e a confirmação das 19 renovações, a diretoria agora foca em contratações pontuais para preencher as lacunas deixadas. O objetivo é claro: transformar o sucesso de 2025 em títulos de expressão nacional em 2026, utilizando a maturidade do elenco atual como alicerce para voos ainda mais altos na elite do futebol feminino brasileiro.