- FutBahia
- Bahia Imponente: Análise Crítica da Performance do Sport e o Brilho de Caíque França
Bahia Imponente: Análise Crítica da Performance do Sport e o Brilho de Caíque França
Por Redação FutBahia em 03/12/2025 22:05
A recente partida contra o Bahia, válida pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro 2025, expôs de forma contundente as fragilidades de um Sport que se viu encurralado na Arena Fonte Nova. Embora o placar pudesse ter sido ainda mais elástico, a figura de Caíque França, goleiro rubro-negro, emergiu como um ponto de luz em meio à escuridão da performance coletiva. Sua atuação, digna de aplausos, não foi suficiente para deter o ímpeto do Esquadrão, que ditou o ritmo do confronto do início ao fim.
O arqueiro demonstrou uma resiliência notável, defendendo, inclusive, uma penalidade máxima e realizando intervenções cruciais que evitaram um massacre. Ao término da primeira etapa, Caíque França já antecipava a intensidade do desafio:
"A gente sempre tem que tá preparado", uma frase que ecoa a realidade de um time que se via sob constante pressão, sem conseguir reagir à ofensiva adversária.
O Goleiro Que Evitou o Pior
A performance de Caíque França foi, sem dúvida, o grande destaque individual pelo lado do Sport. Com uma nota impressionante de 9.0, tanto pela avaliação da imprensa especializada quanto pelo público, sua noite em Salvador foi marcada por defesas espetaculares. Ele se desdobrou para segurar o ataque do Bahia , que criava oportunidades em sequência, e não teve qualquer responsabilidade nos gols sofridos. Sua presença na meta foi um verdadeiro baluarte, adiando e minimizando os danos causados pela superioridade tricolor.
No entanto, a solidez do goleiro contrastou drasticamente com a fragilidade de seus companheiros de defesa e meio-campo. Aderlan, lateral direito, demonstrou pouca eficácia na marcação e uma completa ausência de contribuição ofensiva, sendo constantemente superado nas disputas com os atletas do Bahia . Rafael Thyere, na zaga, sofreu com a velocidade dos atacantes tricolores, enquanto Luan Cândido, improvisado na defesa, apesar do esforço, não conseguiu conter a pressão implacável do adversário.
Meio-Campo Desconectado e Defesa Vulnerável
O setor de meio-campo do Sport foi amplamente dominado. Lucas Kal e Rivera, em particular, tiveram atuações pálidas. Kal perdeu a maioria das disputas individuais, especialmente contra o vigoroso meio-campo do Bahia, resultando em mais uma partida abaixo do esperado. Rivera, por sua vez, transmitiu uma sensação de desinteresse, desconectado do ritmo do jogo e distante daquele atleta que, em outros momentos da temporada, havia sido uma peça fundamental. A estreia de Adriel como titular foi interrompida por lesão no intervalo, em um jogo onde ele estava na média do desempenho coletivo.
A tentativa de Pedro Augusto, que entrou no segundo tempo, de trazer maior equilíbrio ao setor, foi um esforço isolado. Matheus Alexandre, acionado na lateral, não conseguiu alterar o cenário de domínio do Bahia . Igor Cariús, escalado como ponta, pouco contribuiu ofensivamente e ainda cometeu um pênalti desnecessário no primeiro tempo, evidenciando um descuido na marcação que comprometeu ainda mais a equipe.
Ataque Isolado e Sem Poder de Reação
Ofensivamente, o Sport se mostrou inoperante. Lucas Lima, apontado como principal válvula de escape, esteve completamente isolado na frente. Apesar de seu esforço individual, a falta de apoio e a dificuldade em construir jogadas impediram que ele evitasse o pior desfecho. Gonçalo Paciência, que retornou após quase cinco meses, mostrou alguns lampejos, com uma finalização potente que exigiu intervenção do goleiro Ronaldo, mas seus minutos em campo foram insuficientes para mudar o panorama.
Os jogadores que entraram no decorrer da partida, como Matheusinho e Romarinho, tiveram poucas chances de tocar na bola e, quando acionados, não conseguiram produzir qualquer impacto ofensivo. Chrystian Barletta, com sua entrada no segundo tempo, demonstrou um pouco mais de agudeza, dando algum trabalho à defesa do Bahia , mas o ímpeto tricolor já era irreversível.
A Visão Tática de César Lucena
A estratégia do técnico César Lucena, que buscou uma alteração ao promover um esquema com três zagueiros, não surtiu o efeito desejado. A postura da equipe permaneceu inalterada, mesmo com o time sendo "amassado" pelo Bahia . Pouco se fez para ajustar o cenário de um Sport excessivamente recuado e com pouca atitude em campo. A equipe se tornou uma presa fácil para o Bahia , que soube explorar as lacunas e a falta de organização do adversário.
A atuação do Sport, como um todo, foi bastante abaixo do esperado, com raras exceções. A superioridade do Bahia foi evidente, e a análise individual dos atletas rubro-negros reflete a intensidade da pressão imposta pelo Esquadrão e a dificuldade em encontrar soluções para conter o avanço tricolor.
Desempenho Individual do Sport Contra o Bahia
A seguir, apresentamos a avaliação detalhada dos jogadores do Sport, com as notas atribuídas pela imprensa especializada (GE) e pelo público, evidenciando o contraste entre a atuação heroica do goleiro e a fragilidade do restante do elenco:
| Pos. | Jogador | Nota GE | Nota Público | Comentário |
|---|---|---|---|---|
| 1º | Caíque França - GOL | 9.0 | 9.0 | Atuação impecável do goleiro em Salvador. Fez grandes defesas - até um pênalti - e evitou um massacre do Bahia. Não teve culpa nos gols sofridos. |
| 2º | Aderlan - LAT | 3.0 | 3.0 | Pouco eficiente na marcação e nulo ofensivamente. Perdeu praticamente todas as disputas com Pulgar. |
| 3º | Matheus Alexandre - LAT | 4.0 | 4.0 | Foi acionado no segundo tempo e em nada mudou o cenário do jogo. |
| 4º | Rafael Thyere - ZAG | 4.0 | 4.0 | Sofreu com a velocidade da equipe baiana. |
| 5º | Lucas Kal - MEI | 3.0 | 3.0 | Perdeu praticamente todas as disputas individuais com Erick Pulgar. Mais um jogo fraco. |
| 6º | Luan Cândido - LAT | 3.0 | 3.0 | Atuou improvisado como zagueiro, esteve esforçado na defesa, mas não conseguiu conter a pressão do Bahia. |
| 7º | Rivera - MEI | 3.0 | 3.0 | Mostrou-se, em muitos momentos, desinteressado no jogo. Fora da rotação. Em nada lembrou o Rivera que, na maior parte da temporada, foi uma exceção ao ano do time. |
| 8º | Adriel - MEI | 4.0 | 4.0 | Prata da casa, fez a estreia como titular na equipe profissional e fazia um jogo na média da equipe. Deixou o jogo intervalo, lesionado. |
| 9º | Pedro Augusto - MEI | 5.0 | 5.0 | Deu maior equilíbrio ao meio de campo rubro-negro no segundo tempo. |
| 10º | Lucas Lima - MEI | 4.0 | 4.0 | Principal válvula de escape, esteve isolado no setor ofensivo. Apesar do esforço, não conseguiu evitar o pior. |
| 11º | Gonçalo Paciência - ATA | 5.5 | 5.5 | Voltou a ser acionado após quase cinco meses. Teve uma finalização, uma bomba, que fez o goleiro Ronaldo trabalhar. Foi bem nos minutos em campo. |
| 12º | Igor Cariús - LAT | 3.0 | 3.0 | Descuidado na marcação, cometeu pênalti bobo no primeiro tempo. Escalado como ponta, pouco colaborou ofensivamente. |
| 13º | Ramon Menezes - ZAG | 5.0 | 5.0 | Entrou para minimizar danos com o time já perdendo por 2 a 0. |
| 14º | Matheusinho - MEI | 3.0 | 3.0 | Teve poucas chances de pegar na bola e, quando foi acionado, não conseguiu produzir. |
| 15º | Chrystian Barletta - ATA | 5.5 | 5.5 | Entrou no decorrer do segundo tempo e, arisco, deu trabalho à defesa do Bahia. |
| 16º | Romarinho - ATA | 3.0 | 3.0 | Avaliação igual ao de Matheusinho: nulo ofensivamente. |
| 17º | César Lucena - TEC | 2.5 | 2.5 | Buscou uma alteração ao promover um esquema com três zagueiros. A postura da equipe, porém, nada mudou - e, mesmo com o time amassado, pouco fez para ajustar o cenário. Muito recuado e pouco interessado no jogo, o Sport foi presa fácil para o Bahia. |
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros