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Everton Ribeiro Detalha Mudança de Ceni no Bahia e Planos Pós-Carreira
Por Redação FutBahia em 07/09/2025 22:21
Em um momento de pausa no calendário do Campeonato Brasileiro devido à Data Fifa, o cenário do futebol nacional voltou os olhos para Salvador. Recentemente coroado campeão da Copa do Nordeste com o Esporte Clube Bahia, o meio-campista Everton Ribeiro concedeu uma entrevista, compartilhando insights valiosos sobre a dinâmica do clube e suas perspectivas futuras.
A conversa abordou, em particular, a relação com o técnico Rogério Ceni, figura com quem Ribeiro já havia trabalhado no Flamengo. O jogador fez questão de desmistificar a imagem de um ambiente frequentemente descrito como conturbado em passagens anteriores de Ceni, revelando uma notável transformação na abordagem do comandante à frente do Tricolor de Aço.
A Nova Gestão de Rogério Ceni no Bahia
Everton Ribeiro destacou uma evolução significativa na postura de Ceni, indicando que o treinador tem se adaptado e aprimorado sua interação com o elenco. Segundo o atleta, a diferença entre o Ceni do Flamengo e o atual é marcante, evidenciando um aprofundamento na gestão de pessoas e no entendimento do cotidiano dos jogadores.
Eu acredito que o Rogério (Ceni) vem se atualizando, vem mudando muito a forma de ser também com o grupo. Eu vejo diferença muito grande do que ele era com o Flamengo. A vontade de vencer não muda, a cobrança diária é até maior, ele quer marcar a história também no Bahia, mas hoje ele já consegue entender um pouco melhor o dia a dia dos jogadores. Ele vê de longe o jogador que está mais chateado e não está jogando, então às vezes ele vem e fala uma palavra de consolo ali que vai deixar o jogador animado novamente. Consegue fazer essa gestão muito bem e dá oportunidade para todos, isso eu acho que é o mais importante.
O meia ressaltou que, apesar da incessante busca por vitórias e da exigência diária, que inclusive se intensificou, Ceni agora demonstra uma sensibilidade maior para com o estado de espírito dos atletas. Essa capacidade de observar e oferecer suporte emocional, aliada à política de dar chances a todos, é vista como um pilar fundamental para o sucesso do grupo.

Elogios à Liderança e Oportunidades na Base
A visão de Ceni para o desenvolvimento dos jovens talentos também foi pauta dos elogios de Everton Ribeiro. O jogador mencionou a final da Copa do Nordeste como um exemplo prático dessa filosofia, onde atletas da base tiveram a oportunidade de vivenciar a pressão de um jogo decisivo, com estádio lotado.
Na própria final (contra o Confiança na Copa do Nordeste), ele colocou meninos da base para jogar, incentivando para que eles possam já se ambientar com esse clima de estádio lotado, de final, jogo importante. Então isso ele vem fazendo muito bem, é um cara super vencedor na carreira como jogador e agora como técnico, então isso acaba inspirando a gente ali dentro de campo e poder fazer sempre o melhor. Ele até fala depois dos jogos que ele é chato, realmente ele cobra muito, mas isso é bom, faz a gente crescer bastante.
Essa abordagem não apenas prepara os futuros profissionais, mas também reforça o ambiente de meritocracia e inspiração dentro do elenco , onde a trajetória vitoriosa de Ceni, tanto como jogador quanto como técnico, serve de modelo. A cobrança, por vezes intensa, é interpretada como um estímulo necessário ao crescimento individual e coletivo.
O Futuro de Everton Ribeiro Além dos Gramados
Aos 36 anos, Everton Ribeiro, que trocou o Flamengo pelo Bahia no final de 2023 em um contrato de duas temporadas com opção de renovação, ainda não pensa em pendurar as chuteiras. No entanto, o meia já reflete sobre o pós-carreira, e a estrutura atual do clube baiano o faz considerar uma permanência no futebol, mas em outra função.
Pós-futebol pode ser daqui a uns anos, não precisa ser para amanhã, não (risos). Mas eu não me vejo como treinador, é muito difícil ter que gerir 30 jogadores, 20 poucos, e só jogam 11, os outros 11 vão ficar emburrados (risos). E às vezes não dá certo, a torcida vai pegar no pé, então é para quem tem muita vontade e gosta muito de ser treinador. Mas quem sabe um dirigente nos bastidores do futebol, vejo que tem muitas possibilidades. Mas até lá ainda vai dar tempo de pensar, de analisar bastante. Pretendo estar jogando e me divertindo aqui nos campos ainda.
A complexidade de gerir um elenco e as pressões inerentes à função de treinador parecem afastar o jogador dessa possibilidade. Contudo, a ideia de atuar nos bastidores, talvez como dirigente, surge como um caminho mais atraente, permitindo-lhe continuar contribuindo para o esporte que tanto ama, mas de uma perspectiva diferente.
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