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Ceni Contesta: Bahia Dominou, Cruzeiro Não Fez Nada - Análise Pós-Derrota
Por Redação FutBahia em 15/09/2025 23:52
A invencibilidade do Bahia em seus domínios no Campeonato Brasileiro chegou ao fim na última segunda-feira. Após 14 partidas e mais de quatro meses sem perder na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, o Tricolor baiano foi superado pelo Cruzeiro por 2 a 1. O resultado veio após Jean Lucas abrir o placar para os donos da casa, mas Sinisterra e Gabigol garantiram a virada para a equipe mineira.
Após o revés, o técnico Rogério Ceni não poupou críticas a uma falha de marcação que culminou no gol da virada do adversário, mas enfatizou que o placar final não refletiu o que se viu em campo. Para o comandante, o Esquadrão de Aço manteve o controle da partida até o momento do empate, demonstrando superioridade.
Ceni expressou seu descontentamento com a derrota em casa, mas fez questão de contextualizar a atuação de seus atletas:
Não posso ser injusto com os jogadores hoje, mas a não ser em momentos pontuais, não pode deixar o jogador conduzir e chutar. Isso é uma tomada de decisão que temos que ter por si próprio. De resto fomos muito superiores hoje. Cruzeiro não fez nada, só no final do jogo, nos últimos 15 minutos. Mas claro, vamos fazer uma análise da derrota, mas sempre triste perder em casa. Agora são dois jogos fora, temos mais problema fora dos nossos domínios.
A Lógica do Treinador: Defendendo Cauly e o Sistema
A análise do treinador se estendeu a performances individuais, notadamente a de Cauly. Apesar de um momento de menor brilho e de um erro crucial que antecedeu o gol da virada, o meio-campista recebeu um voto de confiança de Ceni. O técnico recordou exemplos de outros atletas que superaram fases difíceis sob seu comando, reiterando a capacidade de recuperação de Cauly .
Sobre o Cauly, se a gente tivesse desistido do Ademir quando tinha caixão na frente do CT, do Kanu. Você acha que o Cauly não tem condição de jogar com a gente? Por isso começou no banco, entrou nos minutos finais para fazer uma função de fora para dentro.
Rogério Ceni também abordou a questão da profundidade do elenco e as ausências importantes. A equipe tem lidado com a perda de dois pontas titulares por um longo período, incluindo uma relesão de Pulga, além da falta de Lucho. Essas lacunas forçaram improvisações, como a de Michel no lance do gol do Bahia . O treinador, contudo, defendeu a qualidade de Cauly , argumentando que as críticas surgem apenas em caso de derrota.

Sanabria Brilha, Mas o Elenco Sente o Peso das Ausências
Em meio às lamentações, a estreia de Sanabria foi um dos poucos pontos positivos destacados. O atacante demonstrou grande capacidade ofensiva pela esquerda, com seis dribles certos em sete tentativas. No entanto, nenhuma de suas jogadas resultou em gol. Ceni explicou que a adaptação física do jogador, que ficou muito tempo parado, influenciou sua saída de campo.
O técnico ressaltou a importância de uma análise justa, contrapondo a atuação contra o Cruzeiro, que considerou dominante, à performance "vergonhosa" contra o Fluminense. Ele mencionou a dificuldade de ter um "peso na área" com as características atuais do elenco , mesmo com a alta produção de Sanabria:
Sofremos para dar peso na área diante das características que a gente tem, mas só o Sanabria fez sete, oito jogadas com possibilidade de cruzamento e gol.
Questionado sobre o uso de jogadores da base, Ceni optou por atletas mais experientes e familiarizados com seu esquema tático em momentos decisivos, citando a entrada de Cauly no lugar de Sanabria, que sentiu câimbras. A negociação de Lucho também limitou as opções, levando à utilização de nomes como Iago e Zé Guilherme.
O Impacto Psicológico e a Busca por Respostas
A partida, segundo Ceni, foi bem controlada até os 75 minutos do segundo tempo, momento em que o Cruzeiro, até então, havia criado apenas uma oportunidade clara. A falha no segundo gol foi atribuída à "total falta de atenção", com cada jogador precisando assumir sua responsabilidade. Ceni fez questão de refutar a ideia de que o time estava "desguarnecido" nos gols sofridos, atribuindo a queda de rendimento à perda de confiança após o empate.
O aspecto psicológico foi apontado como um fator individual, com a força interior de cada atleta sendo crucial para superar a decepção. Embora o Bahia tenha produzido bem, o resultado negativo intensifica a pressão. O treinador defendeu o sistema tático atual, que rendeu títulos e uma posição relevante no Campeonato Brasileiro, mas admitiu que a falta de opções no banco, especialmente de pontas como Ademir e Pulga, impactou a capacidade de reposição.
Trajetória e Desafios: O Caminho do Bahia Fora de Casa
Ceni reconheceu que o Cruzeiro possuía mais opções de reposição, enquanto o Bahia sentia as ausências. A chegada de Sanabria, para ele, deveria ter ocorrido antes para evitar relesões e proporcionar mais profundidade ao elenco . Apesar das dificuldades, o técnico vê no Sanabria um jogador com potencial para ser "diferente e decisivo".
Para o próximo compromisso, contra o Ceará, no sábado, às 18h30 (horário de Brasília), no Castelão, pela 24ª rodada do Brasileirão, Rogério Ceni espera que o time mantenha o bom volume de jogo e a produção ofensiva, mas com maior efetividade para não dar chances ao adversário. A recuperação de jogadores lesionados, como David Duarte, que sentiu a coxa no aquecimento, será avaliada nos próximos dias, mas retornos em condições ideais são incertos.
O treinador reafirmou que, se o Bahia conseguir replicar o domínio e a performance exibidos contra o Cruzeiro, não há motivos para receio, mesmo com os desafios impostos pelas lesões e a necessidade de ajustar a equipe para os próximos confrontos fora de casa.
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