Bahia Fora da Sul-Americana: Ceni Revela Erro Fatal e Projeta Próximos Desafios

O Esporte Clube Bahia encerrou sua participação na Copa Sul-Americana de forma amarga. Na última terça-feira, o Tricolor Baiano sofreu uma derrota por 2 a 0 para o América de Cali-COL, em solo colombiano, selando sua eliminação no confronto de volta dos playoffs da competição. O gol inaugural sofrido pela equipe comandada por Rogério Ceni foi o resultado de uma notável desorganização defensiva. Para o técnico, o incidente se deu por uma deficiência na comunicação, agravada pelo ambiente ruidoso do estádio.

O Revés na Colômbia e a Despedida Antecipada

A eliminação precoce na Copa Sul-Americana representa um golpe nas aspirações do Bahia para a temporada. O resultado adverso na Colômbia sublinhou a necessidade de ajustes e uma revisão profunda na performance da equipe, especialmente em momentos decisivos. A partida, que prometia ser um trampolim para avançar no torneio continental, transformou-se em um marco de um revés doloroso.

A análise pós-jogo de Rogério Ceni trouxe à tona os pontos nevrálgicos da atuação tricolor. O treinador foi direto ao descrever o momento do primeiro gol, apontando-o como um divisor de águas na partida. A falha, segundo ele, não foi de técnica individual, mas de um aspecto fundamental em qualquer coletivo: a comunicação.

"O primeiro gol sofrido teve um vacilo, uma falta de comunicação. Aquele gol que tomamos ditou o ritmo do jogo. Penso que a jogada foi uma infelicidade que começou na dividida do Michel Araújo. Depois a gente tinha a bola sob controle, acho que foi uma falha de comunicação, tinha muito barulho no estádio. Faltou entender o que estava acontecendo naquele jogo", explicou Ceni.

Foto: ( Joaquín SARMIENTO / AFP)

A Análise Tática de Ceni: Ruído e Falta de Sincronia

A avaliação do técnico não se restringiu ao lance capital. Ceni também abordou a performance geral do time, dividindo-a em duas metades distintas. A incapacidade de competir no nível esperado durante os primeiros 45 minutos foi um fator determinante para o resultado final, mesmo com uma melhora visível na etapa complementar.

"Fizemos um primeiro tempo ruim, não competimos como a gente esperava. No segundo tempo fomos melhores, dominamos mais o jogo, mas não conseguimos fazer o gol", argumentou o treinador.

A percepção de Ceni sobre o "barulho no estádio" como um fator que impediu a clareza na comunicação defensiva levanta questões sobre a capacidade de adaptação da equipe a ambientes hostis. Em competições internacionais, a pressão e o apoio da torcida adversária são elementos esperados, e a superação dessas adversidades é parte integrante do desafio.

O Sentimento de Frustração e o Novo Horizonte

A eliminação, conforme ressaltado por Ceni, é um desfecho que causa um profundo desapontamento, especialmente por ter ocorrido tão cedo na competição. Embora o futebol seja um esporte onde as derrotas são mais frequentes que as vitórias em torneios, a saída prematura da Sul-Americana deixa um gosto amargo.

"Eu disse recentemente que os insucessos poderiam vir. Nunca gostei de perder na minha vida, mas no futebol você mais perde do que vence competições. Acho que estamos saindo muito cedo dessa. Temos que manter o foco nas outras competições. É triste, fico com sentimento muito ruim, mas não fizemos um bom primeiro tempo e não foi suficiente para conseguir a classificação", concluiu Ceni.

A partir de agora, o foco do Bahia se volta integralmente para o Campeonato Brasileiro. A equipe de Rogério Ceni terá um novo desafio neste domingo, quando receberá o Juventude, às 18h30 (horário de Brasília), em partida válida pela 17ª rodada da principal competição nacional. A necessidade de reagir e pontuar no Brasileirão torna-se ainda mais premente após o adeus continental.