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Bahia e o Jejum de Títulos Nacionais: Um Olhar Crítico Sobre as Maiores Secas do Futebol Brasileiro

Por Redação FutBahia em 27/10/2025 15:12

A emoção de um campeonato é indescritível, mas o alívio de encerrar um longo período sem conquistas é ainda mais marcante. A recente celebração da Ponte Preta, que após 125 anos de sua fundação, finalmente ergueu seu primeiro troféu nacional ao sagrar-se campeã da Série C, ao superar o Londrina na decisão, serve como um poderoso lembrete da persistência e da paixão no futebol. Essa vitória notável tira o time de Campinas de uma seleta e indesejada lista de agremiações tradicionais do Brasil que anseiam por uma glória similar.

Impulsionados por esse feito, é oportuno mergulhar nas profundezas dos jejuns de títulos mais notórios do cenário futebolístico nacional. Diversos clubes de grande prestígio no Brasil figuram nessa relação, que exclui competições regionais, como a Copa do Nordeste, para focar exclusivamente nas taças de alcance nacional.

A Persistência da Espera por Conquistas Nacionais

No universo do futebol brasileiro, a espera por uma nova taça nacional pode ser um fardo pesado para torcedores e instituições. Uma análise detalhada revela quais clubes das três principais divisões, que já possuem títulos de âmbito nacional em sua história, enfrentam os períodos mais extensos sem sentir o gosto da vitória. Dentre os integrantes da elite, o Esquadrão de Aço, o Bahia, se destaca com o mais prolongado jejum. A liderança geral, no entanto, pertence ao Londrina, que esteve a um passo de quebrar seu próprio tabu na final da Série C, mas sucumbiu diante da Ponte Preta.

A seguir, apresentamos a dolorosa lista dos clubes com os maiores jejuns entre aqueles que já sentiram o sabor de uma conquista nacional:

Anos de Jejum Clube Último Título Nacional
45 anos Londrina Campeão da Série B em 1980
44 anos Guarani Campeão da Série B em 1981
37 anos Bahia Campeão Brasileiro em 1988
33 anos Internacional Campeão da Copa do Brasil em 1992
27 anos Avaí Campeão da Série C em 1998
26 anos Juventude Campeão da Copa do Brasil em 1999
23 anos Paysandu Campeão da Copa dos Campeões em 2002
19 anos Criciúma Campeão da Série C em 2006
17 anos Sport Campeão da Copa do Brasil em 2008
15 anos Coritiba Campeão da Série B em 2010
15 anos ABC Campeão da Série C em 2010

Panorama Abrangente: A Extensão das Secas Por Todo o Brasil

Em uma perspectiva mais ampla, que engloba todos os clubes que já celebraram alguma conquista nacional, a realidade dos jejuns se estende por um vasto leque de agremiações. Assim como na classificação anterior, o Londrina ocupa a posição de liderança nesse ranking, refletindo a dificuldade de retornar ao topo do pódio. O Bahia , com seu título brasileiro de 1988, também se mantém em uma posição de destaque, evidenciando a complexidade de manter um ciclo vitorioso no futebol nacional.

Abaixo, a lista completa dos clubes com os mais longos jejuns nacionais:

Anos de Jejum Clube Último Título Nacional
45 anos Londrina Campeão da Série B em 1980
44 anos Guarani Campeão da Série B em 1981
44 anos Olaria Campeão da Série C em 1981
43 anos America-RJ Campeão do Torneio dos Campeões em 1982
43 anos Campo Grande Campeão da Série B em 1982
42 anos Juventus Campeão da Série B em 1983
41 anos Uberlândia Campeão da Série B em 1984
37 anos Bahia Campeão Brasileiro em 1988
37 anos Inter de Limeira Campeã da Série B em 1988
33 anos Internacional Campeão da Copa do Brasil em 1992
33 anos Tuna Luso Campeã da Série C em 1992
30 anos XV de Piracicaba Campeão da Série C em 1995
29 anos União São João Campeão da Série B em 1996
27 anos Gama Campeão da Série B em 1998
27 anos Avaí Campeão da Série C em 1998

É importante ressaltar que, em 1994, o Grêmio Esportivo Novorizontino conquistou a Série C nacional. Contudo, o clube foi posteriormente extinto. Não se deve confundi-lo com o atual Grêmio Novorizontino, que disputa a Série B.

A Busca Inédita: Quem Ainda Persegue o Primeiro Título Nacional

Existe, ainda, uma categoria de espera que se mostra ainda mais desafiadora: a dos clubes que, desde sua fundação, jamais ergueram uma taça nacional. A Ponte Preta, com sua recente glória, finalmente deixou essa lista. Contudo, entre as agremiações das três principais divisões, a liderança desse ranking indesejado pertence ao Remo, que, fundado há 120 anos, tem a oportunidade de reverter essa situação caso conquiste a Série B deste ano, onde se encontra como vice-líder a poucas rodadas do encerramento.

Abaixo, os clubes com as mais longas histórias sem um título nacional:

Anos de Fundação Clube Ano de Fundação
120 anos Remo 1905
116 anos Athletic 1909
113 anos CRB 1912
111 anos Ceará 1914
104 anos Figueirense 1921
101 anos Ypiranga-RS 1924
90 anos Caxias 1935
89 anos Confiança 1936
87 anos Itabaiana 1938
79 anos Anápolis 1946

A jornada por uma conquista nacional é uma prova de resiliência e ambição. Para o Bahia , assim como para muitos outros clubes tradicionais, a persistência na busca por um novo título nacional é o combustível que move a paixão de sua torcida. Que o exemplo da Ponte Preta inspire a todos os que ainda esperam.

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